sábado, abril 03, 2010


O silenciar de um inocente

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Era para ter sido como uma noite qualquer.
Um descanso ao trabalhador, depois de um dia de árduo labor.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis tiros quebraram
a rotina do guerreiro juvenil.
Quem foi? Quais foram os motivos? Por quê?
Alguns sabiam, mas calados foram pelo medo.
Na vida, o pobre leiteiro, lutava por um digno viver.
Agora, o seu lar será a sepultura.
Foram-se os poemas interminados, os projetos não acabados,
os dons, suas virtudes vão para a cova.
Não perguntaram a ele, por seus sonhos, seus planos?
Não! Cercaram-no como lobos que cercam a presa.
Retiraram-lhe o que mais ele tinha de precioso: o fôlego de vida.
Sangrou a rosa do Alto Boqueirão.

                                                                              Lorena M. Barreto

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